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Confira benefícios do convívio entre animais domésticos e crianças

Crianças e animais, quando uma dupla entra em ação, o comum é o explodir o fofurômetro ou causar muitas risadas. Entretanto, ainda assim algumas famílias não se sentem confortáveis com a ideia de adotar um pet tendo filhos pequenos porque ficam com receio de prejudicar a saúde da criança.

Mas será que essa interação realmente faz mal aos pequenos?

Fique tranquilo, essa relação é liberada para acontecer e pode ainda gerar muitas consequências positivas! Segundo Vanessa Mouawad, pediatra neonatologista, o convívio das crianças com os animais pode ser extremamente saudável, sendo que essa relação estimula a inteligência, o afeto, e até o sistema imune, ou seja, torna as crianças mais fortes e saudáveis.

“A neurociência explica que quanto mais estímulos para o cérebro mais conexões neurológicas se formam”, explica.

E de acordo com Rita Maria Venancio Mangrich Rocha, médica veterinária, os frutos do relacionamento vai depender da família, do ambiente e dos hábitos de interação com os pets.

Portanto, conclui-se que pode haver interligação dos dois mundos, mas sempre com muita atenção e cuidado não só com a criança, mas também com o animal.

Assim, confira abaixo dicas dos benefícios gerados por essa relação:

Estimula a autonomia da criança

Os pequenos acabam realizando atividades físicas em contato com os bichinhos, indo atrás deles e até na tentativa de fazer um carinho. Assim, de acordo com Vanessa, isso gera um estímulo às atividades motoras dos pequenos que aprendem a controlar a força para não machucar o pet, por exemplo.

Segundo a veterinária, o hábito de aprender a cuidar da alimentação e da higiene dos animais inspira responsabilidades e faz com que os pequenos entendam a importância de cuidar do outro. “Dessa forma, ela [criança] consegue desenvolver valores e observa situações de empatia”, enfatiza Rocha.

Combate o sedentarismo

Estimular a autonomia, consequentemente estimula a criança a praticar exercícios e assim combate o sedentarismo. O hábito de ir atrás do animal faz com que o pequeno se movimente mais, engatinhando e até mesmo aprendendo a andar para ir mais rápido e conseguir alcançar o bichano.

Portanto, se o objetivo é tornar seu bebê mais ativo, um bichinho pode te ajudar nessa etapa.

Resistência a doenças

A especialista em animais afirma que essa resistência é desenvolvida quando o sistema imunológico é desafiado. “É importante entender que o sistema imune precisa ser desafiado para adquirir memórias, porque se não há desafios, ele fica menos apto com o passar do tempo”, esclarece. “Existem situações extremas onde o sistema imune não funciona, neste caso precisam ser protegidos, e existem situações em que o indivíduo não tem um bom sistema com respostas, e fica mais exposto a episódios de perigo”, conclui.

E de acordo com Mouawad, o contato com os animais pode ajudar a diminuir até certas doenças como a asma e a dermatite atópica. “Um estudo feito na Áustria mostrou que se a mãe tem bichos desde a gravidez e a criança convive com esses animais desde o nascimento, a hipótese é ainda menor de desenvolver alergias”, explica.

Ajudam psicologicamente

Os benefícios psicológicos são variados. Auxilia a afetividade e pode diminuir o risco de depressão. “Inclusive animais são usados até em hospitais, justamente, com esse intuito para melhorar a parte psicológica dessas crianças internadas”, relata Mouawad.

Além disso, crescer cuidando de uma vida trás crescimento, porque ajuda a desenvolver reciprocidade, empatia, sensibilidade, afeto e paciência.

Atenção aos cuidados

Mantenha uma rotina saudável a ambos

Segundo a médica veterinária, não se deve sobrecarregar nenhuma das duas rotinas.  “Não devemos expor uma criança para um animal que não tem muita tolerância a esse convívio e o oposto também é verdadeiro, visto que não devemos deixar um filhote com crianças que não conseguem entender que eles são vulneráveis”, expõe.

Lambidas devem ser evitadas

É muito comum acharmos conteúdo na internet que mostra pequenas crianças sendo atacadas por uma série de beijos vindo do pet de estimação, porém é necessário que haja atenção a esse hábito dos animais. Não se deve permitir as lambidas, pois elas podem causar doenças. As principais regiões para evitar são: feridas, olhos, mucosas e boca, pois a saliva dos bichanos possui muitas bactérias sendo algumas transmissoras de doenças graves.

Mestrado em Imunologia (Veterinária preventiva) , pós-graduação em anestesiologia veterinária , atua como clínica geral , com grande experiência e ênfase em dermatologia , dor e cuidados paliativos.

Doutora Bruna

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