De acordo com um estudo com a avaliação de amostras de cães e gatos, desenvolvido pela PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), os animais domésticos até podem se infectar com o vírus, mas não desenvolvem nem transmitem a doença.
A pesquisa aponta que a maioria dos bichos de estimação que tiveram contato com donos infectados que foram testados apresentaram resultado negativo.
Em estudos com a finalidade de conhecer melhor o maior inimigo da vida humana atualmente, pesquisadores da PUCPR analisaram amostras de pets e concluíram que entre o grupo de animais infectados é raro que se apresentem sintomas da tão temida Covid-19.
A pesquisa, que foi organizada pela Doutoranda em Ciência Animal (PPGCA), Bruna Duarte Pacheco da universidade paranaense, coletou amostras de 55 animais, sendo eles 10 gatos e 45 cachorro que foram divididos em dois grupos: os que tiveram contato com pessoas positivadas para o vírus e os que não tiveram.
Nos resultados finais dos exames, 85,5% dos animais, ou seja, a maior parte deles testaram negativo mesmo tendo contato com pessoas infectadas pelo vírus. Enquanto isso, somente 10,06% dos pets têm resultado positivo para o SARS-CoV-2. Ainda assim, os animais com o vírus não costumam apresentar sintomas.
Para o professor da Escola de Ciências da Vida da PUCPR, Marconi Farias, que também participou do estudo, é possível que os animais domésticos tenham receptores para o capsídeo viral, assim como as crianças. Esses receptores são caracterizados como uma cápsula de proteínas que envolve o vírus e impede grande parte da carga do agente infeccioso de entrar nas células.
