Assim como os humanos, os pets também podem apresentar vitiligo. O portal UOL falou com alguns veterinários para que os tutores possam aprender a lidar da melhor maneira possível com a doença.
Para diferenciar o vitiligo dos pelinhos brancos que chegam com a idade, a veterinária Vanessa Zimbre diz que um pet pigmentado pela passagem do tempo vai continuar a ter a coloração da pele normal, o que não ocorre no caso da doença.
O professor aposentado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Carlos Eduardo Larsson, especialista em dermatologia pela ADVB/CFMV, explica que a provável causa real da destruição das células produtoras da melanina seria devido a um ataque de anticorpos aos melanócitos:
“É hoje considerada uma doença autoimune tal como o reumatismo, a tireoidite, o lúpus etc. Pode, inclusive, em medicina veterinária, ser devido ao uso de drogas utilizadas em terapia de neoplasias (câncer) de cães.”
De acordo com o professor, no Serviço de Dermatologia do Hospital Veterinário da faculdade a doença foi registrada em cães com idade entre 12 e 84 meses, com média de 35 meses. Com relação às demais doenças de pele, a incidência do vitiligo foi de 0,6%, ou seja, seis a cada mil cães pacientes dermatológicos entre 1986 e 2009.
“Trata-se de uma doença cosmética que não afeta a saúde, exceto pelo aumento da possibilidade de queimaduras solares nas áreas despigmentadas”, explica Vanessa.
Segundo o professor Larsson, entre os gatos, a maior incidência de vitiligo se dá nos da raça siamesa e, entre os cães, com os Rottweilers, Pastores belgas e alemães, Pointers alemães, Dobermans e Sheepdogs.
Por ser uma doença genética e hereditária, Larsson afirma que se deve evitar o cruzamento de animais portadores de vitiligo. É também por esta característica que não existem formas de evitar a doença. “Um animal portador de tais genes pode não desenvolver a doença. Portanto, não existem meios conhecidos de prevenção”, explica Vanessa.